56 anos de casada é uma vida. Não me sinto à vontade para descrever tão longo tempo. Constrange-me dizer que aquele amor que imaginava ser perfeito, pelo qual lutei tanto, me levou a não ouvir a minha mãe e também não me fez feliz. Serginho e eu nos amávamos intensamente, mas a inexperiência e a falta de estrutura não me deixaram viver aquele amor. A solidão era outro agravante. Serginho viajava muito e eu ficava só, sem ninguém para me comunicar, aumentando assim a minha depressão.
O tempo passou, os filhos foram chegando e uma força vinda do alto me fez abraçar a minha missão, preservando assim o meu amor por Serginho. No pouco tempo que ele passava comigo, eu vivia um amor pleno e nada interferia em nossos momentos. A cada vinte minutos de amor me capacitava para vinte e quatro horas de luta.
Por me sentir amada, por meu marido e por Deus, consegui formar esta família maravilhosa: sete filhos e doze netos. Eram treze, mas Deus levou o meu Alisson. Agora são doze, mas a lembrança do meu lindo e querido “Baixo” ficará para sempre no meu coração.
Os oito bisnetos não ficarão somente em oito. Mais bisnetos virão com a graça de Deus.
Com este relato, quero dizer para vocês que foi preservando meu amor, aprendendo a renunciar, sendo generosa nos momentos mais difíceis, sabendo esperar e confiando em Deus, que consegui esta linda família. Não se esqueçam: o amor não pode apagar. Sem a chama do amor a caminhada fica impossível.
Hoje posso dizer: O MEU AMOR POR SERGINHO ME TROUXE FELICIDADE.
Maisa, outubro de 2012.
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